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A luta de um Policial Federal como Deputado em Brasília

Eduardo Bolsonaro: “Sou Escrivão de Polícia Federal e estou deputado… uma andorinha só não faz verão. Reunidos temos um poder maior. Na questão de Segurança Pública, conseguimos mostrar a visão do policial.” Ele fala sobre sua atuação em Brasília, Ciclo Completo, greve policiais e sobre a “Bancada da Bala”.

17/02/2016 –

Ele substituiu o uniforme de policial federal pelo terno e gravata e também o seu local de trabalho, da Superintendência Regional da PF em São Paulo pelo Congresso Nacional, em Brasília. O escrivão de polícia federal, Eduardo Bolsonaro, foi eleito deputado federal com 82.224 votos pelo Partido Social Cristão (PSC) e representa todas as categorias policiais, além dos federais.

Em seu primeiro mandato, Eduardo Bolsonaro diz que carrega consigo a experiência como policial federal em suas decisões: “Eu me lembro dos colegas na hora de tomar minhas atitudes dentro do Congresso. Sou escrivão de Polícia Federal e hoje estou deputado, até porque, talvez amanhã eu volte pra cá, pois sou licenciado”. Para ele, a “Polícia Federal tem credibilidade como braço da sociedade”.

Destaca a importância de “levar a visão dos policiais para o Congresso” e mostrar a outros políticos e à sociedade, como é a percepção destes profissionais em relação ao trabalho e segurança pública brasileira, além de buscar “retaguarda jurídica” para os policiais.

Eduardo Bolsonaro também fala sobre a greve dos policiais federais em 2012 ,  a  “bancada da bala” e o trabalho que desenvolve ao lado de seu pai, deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP).

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Jair e Eduardo Bolsonaro

 

“Bancada da Bala”

A Frente Parlamentar de Segurança Pública, da qual Eduardo Bolsonaro faz parte, ficou conhecida pelo nome “bancada de bala” e tem como integrantes, parlamentares ligados às questões de segurança pública incluindo ex-policiais e militares.

Segundo o deputado, exceto nas questões corporativas, em que existe um “racha”, a “bancada da bala” vota e age em sincronismo. Como exemplo, mencionou que a Frente Parlamentar se reuniu no ano passado com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), para que o Projeto de Lei (PL) que tipifica como crime hediondo o assassinato de policiais fosse à votação. O PL, apadrinhado pelas bancadas da bala e evangélica, foi aprovado pela Câmara e Senado, sendo posteriormente sancionada lei pela presidente Dilma Rousself.

“Uma andorinha só não faz verão. Reunidos temos um poder maior. Na questão de Segurança Pública, conseguimos convocar reuniões, fazer audiências e mostrar a visão do policial”, explicou o parlamentar.

Greve dos Policiais 

Em 2012, escrivães, papiloscopistas e agentes de Polícia Federal de todo o país deflagraram uma greve que durou 70 dias. A categoria lutava por melhores condições de trabalho, reestruturação na carreira policial, reconhecimento profissional e reajustes salariais.

Na época, o deputado Eduardo Bolsonaro, sindicalizado em São Paulo, participou com os demais colegas das manifestações do movimento grevista. Perguntado se faria novamente uma greve, respondeu afirmativamente e explicou: “As greves atraem a atenção para o foco do problema. É claro que não é legal fazer uma greve, ninguém gosta de fazê-la, mas quando o governo encerra as negociações, buscam-se alternativas”.

O deputado ressalta ainda que é contra servidores que fazem da greve o seu meio de vida, e acabam por estimular conflitos para justificar a greve e seu trabalho no meio sindical. “O SINDPOLF/SP (Sindicato dos Servidores da Polícia Federal em São Paulo) trabalha com responsabilidade. Em 2012, tivemos uma situação extrema, sem reajuste há sete anos e o governo reajustando o Bolsa Família e criando a Bolsa Brasil Carinhoso. Ainda assim foi mantido o efetivo mínimo no atendimento à população”.

Ciclo completo 

O ciclo completo de polícia defende um modelo de atuação de todas as categorias policiais relacionadas a um crime, desde o patrulhamento nas ruas, o registro de boletins de ocorrências e a investigação junto ao Ministério Público. Segundo o site “mudamos.org”, hoje “a Constituição Federal estabelece que, nos estados e no Distrito Federal, o ciclo de trabalho policial seja dividido em duas partes, destinando-se uma polícia às tarefas chamadas ostensiva-preventiva e outra, às tarefas investigativas”.

Para Eduardo Bolsonaro, é extremamente necessário o debate sobre um modelo de ciclo completo e carreira única na estrutura policial brasileira. “Dentre as medidas de Segurança Pública, acredito que o ciclo completo esteja mais próximo de acontecer, em médio prazo. Se você colocar em debate com a sociedade, explicar o que é, conseguirá apoio para levar isso adiante”.

“O policial rodoviário federal quando apreende e se depara com um crime, tem que levar para a delegacia. Será que os policiais rodoviários, uma carreira de nível superior, não poderiam fazer ali na estrada, pelo menos o procedimento burocrático, de termo circunstanciado, da prisão em flagrante, liberar as partes se for o caso?”, questiona.

Pai Jair Bolsonaro

“Não é todo mundo que pode chegar para o trabalho e ter no gabinete ao lado, o seu pai, que é uma pessoa que você pode confiar, que tem muita experiência dentro da Casa (Congresso). Com certeza, é uma satisfação trabalhar com ele”, comenta Eduardo Bolsonaro que é filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ). “Já votamos matérias diferentes. Questões tributárias que eram interessantes para São Paulo, eu votei sim e ele não. Mas não é uma divergência ideológica”, complementa.

Solução para segurança é…

Eduardo Bolsonaro acredita que para se resolver a criminalidade há necessidade, em primeiro lugar, investir em educação. Ele ressalta também que não se deve oferecer privilégios para quem cometeu um crime.

“O primeiro passo é desencorajar. É impedir que ele siga aquele caminho. E isolar aquele sujeito que não tem condições de viver em sociedade. Acabar com auxilio-reclusão, celular na cadeia, saideiras, indultos de natal, todos esses benefícios. Até porque nossa lei de execução penal, se o cara for primário, ele sai em 1/6 da pena, do fechado para o semiaberto”, explica.

“Você precisa oferecer condições para que o policial possa trabalhar. Uma retaguarda jurídica para que ele não seja preso, porque hoje em dia morreu qualquer pessoa virou trabalhador, bota na conta dele (do policial). A imprensa cai de pau e ai pronto”, conclui.

Fonte: Portal SP

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