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Mais concursos: baixo efetivo policial dificulta combate

Baixo efetivo policial dificulta combate ao tráfico de armas, dizem especialistas. Com isso, cresce pressão para a realização de novos concursos para a Polícia Federal e Rodoviária Federal.

21/10/2015 –

Baixo efetivo policial é uma das principais dificuldades no combate ao tráfico de armas no país. O alerta foi dado em audiência pública sobre o assunto, nesta terça-feira (20), na Subcomissão Permanente criada para tratar do Combate ao Crime Organizado. Representantes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal destacaram, também, que o tráfico de armas e o de drogas caminham juntos.

Baixo efetivo
No caso da Polícia Rodoviária Federal, o chefe da Divisão de Operações de Inteligência da Coordenação de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal, Moisés Dionísio da Silva, informou que no Brasil, para cobrir os mais de 70 mil quilômetros de rodovias federais, existem hoje 10.300 policiais para combater crimes como contrabando, tráfico de armas e drogas e ainda outro crimes, como a exploração sexual de crianças. Segundo ele, seria necessário o dobro. Apenas para as Olimpíadas do Rio de Janeiro no ano que vem será usada quase a metade do efetivo da Polícia Rodoviária Federal, cerca de 4 mil servidores.

“Para nós nos tornarmos mais eficientes hoje, há um estudo que mostra que seria preciso em torno de 20 mil [policiais]. Isso não quer dizer que daqui a dois anos esse número não tenha que aumentar, até porque as demandas institucionais da Polícia Rodoviária Federal só aumentam no governo”, disse.

Segurança na fronteira
Na fronteira, de acordo com Moisés Dionísio da Silva, o problema é mais crítico. São 23.102 quilômetros de fronteira cobertos por apenas 2 mil agentes. Das 400 unidades operacionais da Polícia Rodoviária, 99 delas ficam na fronteira do Brasil. Mesmo com os problemas, de 2005 a 2015, foram apreendidos pela PRF 182 fuzis, 73 submetralhadoras, 3.420 pistolas, 3.174 espingardas, 7.543 revólveres, 885.495 munições.

O especialista explica que legalmente não se pode repassar o material apreendido para a própria estrutura da corporação. Ao contrário do Brasil, o que é apreendido em outros países passa para o patrimônio da polícia para reforçar o combate ao crime. “Nós temos aeronaves apreendidas que estão paradas em depósito até hoje. Se os juízes já dessem [a posse] de imediato para a instituição policial, eu teria aeronaves para combater o crime e seria muito mais eficaz para as instituições policiais,” lamenta.

Morte por arma
Já o chefe da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas do Departamento de Polícia Federal, Luiz Flavio Zampronha, explicou que o tráfico e o comércio ilegal de armas ajudam a aumentar o número de mortes por armas de fogo. O Brasil é líder em assassinatos por armas de fogo em números absolutos e está em décimo-primeiro lugar no número de assassinatos por 100 mil habitantes.

O deputado Aluisio Mendes (PSDC –MA) lembrou que o Brasil é signatário de acordos internacionais sobre o crime organizado, mas um importante texto ainda está em análise na Câmara: o Tratado sobre o Comércio de Armas. O Paraguai já o ratificou e, para o deputado, é fundamental que o Brasil faça o mesmo: “O Paraguai tem uma capacidade hoje de assimilar “x” armas e importa “3x”. O que a gente quer agora? Que o Paraguai seja transparente nesses dados, que possa nos dizer qual sua real capacidade de absorção dessas armas e esse excedente deixe de ser importado”.

A próxima reunião da Subcomissão, que é ligada à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, será na terça-feira (27). Para o debate, foi convidado o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame.

Fonte: Câmara Notícias

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