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No Brasil, “policial rima com assassino”, diz Le Monde

Republicamos aqui uma matéria de um grande jornal europeu, o francês Le Monde, que faz críticas severas sobre a atuação dos policiais no Brasil. Vale como reflexão e futura resposta sobre a verdadeira realidade do campo de atuação dos policiais brasileiros.

 26/09/2015 –

A crítica não se justifica. Acreditamos ser injusta por não compreender as diversas complexidades da atuação policial no Brasil. Em linhas gerais, policiais sem valorização, sem treinamento adequado, sem segurança jurídica e inclusos num sistema profissional de poder coronelista, atuam contra uma criminalidade crescente e fortalecida pelo ineficiente sistema de persecução criminal adotado no Brasil. Asssim, policiais são alvos fáceis para críticas superficiais. – Equipe Saga Policial

Segue a matéria, para reflexão: 

Em uma reportagem de página inteira publicada em sua edição deste sábado (26), a revista semanal do jornal francês Le Monde relata os episódios recentes de violência envolvendo policiais no Brasil. O texto chama a atenção para a banalização dos assassinatos cometidos pelas forças de ordem e a impunidade diante desses atos no país.

A reportagem da “revista Mcomeça relatando o caso do policial militar filmado quando jogava do telhado um suspeito de roubar uma moto no Butantã, em São Paulo, em 7 de setembro, antes de listar uma série de episódios “macabros” do mesmo tipo. A jornalista relembra as cerca de vinte pessoas executadas por homens mascarados em Osasco e Barueri no mês passado, ou ainda os 30 mortos no Amazonas, na mesma época. Em ambos os casos, as forças de ordem estão implicadas, ressalta o texto. “Esse tipo de fato, recorrente, evidencia uma cultura institucional da violência e da impunidade dos policiais”, comenta Amerigo Incalcaterra, representante para a América Latina do Alto Comissariado das Nações Unidas para os direitos humanos, ouvido pelo Le Monde.

A revista também traz o depoimento de Adilson Paes de Souza, um ex-coronel da Polícia Militar, que se tornou militante dos direitos humanos. Segundo ele, esses episódios não podem ser analisados como casos isolados, e o vídeo do Butantã seria “uma prova irrefutável da existência de grupos de exterminação dentro da Polícia”, diz o texto. “Os policiais se sentem abandonados pelo sistema, então eles fazem justiça sozinhos”, comenta o ex-militar, autor do livro O Guardião da Cidade.

A reportagem lembra que, no Brasil, apenas 8% desses crimes são resolvidos e que, mesmo se os culpados são detidos, eles “aterrissam em um sistema carcerário corrompido pelo crime organizado”.

Ricos entrincheirados e polícia impune

A jornalista ressalta atualmente todos temem por sua segurança nas metrópoles brasileiras. “Os mais ricos se entrincheiram em seus prédios ultra-seguros e manifestam pouca tolerância diante dos delinquentes. Já os policiais, em nome da proteção dos cidadãos, beneficiam de uma espécie de impunidade”, analisa a reportagem. “Nos primeiros seis meses do ano, 358 pessoas morreram durante as ações da polícia no Estado de São Paulo e a morte de 11 policiais foi registrada”, compara o texto.

O sociólogo Daniel Pereira Andrade, que também foi consultado pela reportagem do Le Monde, explica que, na maioria dos casos, as vítimas vem das classes populares. “Nossa polícia assassina os negros e os mais pobres”, denuncia o professor da Fundação Getulio Vargas. “Temos a impressão de que o jovem delinquente mestiço não tem o mesmo ‘valor humano’ que um filho da burguesia”, conclui a jornalista.

Fonte: Brasil.rfi.fr

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