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Brasil cai em ranking da paz e eleva ‘custo’ mundial da violência

Caminhamos para o fundo do poço? No total, o país gasta 255 bilhões de dólares por ano como consequência da violência e relatório do “Institute of Economics & Peace” ainda mostra que o Brasil caiu 11 posições no ranking dos países mais pacíficos do mundo, ficando atrás de países como Haiti, Cuba, Argentina e Serra Leoa.

19/06/2015 –

“O Brasil é um país pacífico e assim continuará”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff no final do ano passado, durante uma cerimônia da Comissão Nacional da Verdade. O Índice Global da Paz, lançado nesta quarta-feira pelo Institute of Economics & Peace, no entanto, mostra um cenário diferente. De acordo com o relatório, o Brasil caiu 11 posições no ranking dos países mais pacíficos do mundo, e ocupa a 103a posição de um total de 162 nações – atrás de Haiti, Cuba, Argentina e Serra Leoa. O estudo leva em conta dezenas de variáveis, como acesso a armas, taxa de encarceramento da população, atividade terrorista, crimes violentos, desigualdade de gênero e PIB.

Os quatro países mais pacíficos do mundo, de acordo com o índice, seriam Islândia, Dinamarca, Áustria e Nova Zelândia, enquanto que no final da tabela estão Síria, Iraque, Afeganistão e Sudão do Sul. Na América do Sul, o Brasil só está à frente de Venezuela e Colômbia, que enfrentam, respectivamente, uma grave crise social e política e um conflito armado que já dura décadas entre o Exército e movimentos guerrilheiros ligados ao tráfico de drogas.

No total, o país gasta 255 bilhões de dólares (765 bilhões de reais) por ano como consequência da violência, o equivalente a 8% do valor do PIB nacional. O Brasil tem o quinto maior gasto global com a violência, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Rússia e índia.

A alta taxa de homicídios no Brasil – 25,2 por 100.000 habitantes -, a 12amaior do mundo, ajudou a derrubar o país no ranking. Além do impacto humano e social que as mais de 50.000 mortes anuais têm, o estudo faz uma estimativa do custo da violência para os cofres públicos e para a economia brasileira, levando em conta despesas com o sistema de saúde, com aparato de segurança estatal e com o Judiciário. No total, o país gasta 255 bilhões de dólares (765 bilhões de reais) por ano como consequência da violência, o equivalente a 8% do valor do PIB nacional. O Brasil tem o quinto maior gasto global com a violência, atrás apenas dos Estados Unidos, China, Rússia e índia.

Para termos de comparação, em maio deste ano o ministro do Planejamento Nelson Barbosa anunciou um plano de austeridade que previa corte de 69 milhões no orçamento do Governo. Programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e até obras do PAC tiveram verbas reduzidas. O valor gasto com a violência é mais de sete vezes maior do que orçamento da saúde, que é de 109 bilhões de reais. “A violência exige que investimentos sejam redirecionados de áreas produtivas como educação, infraestrutura e saúde para áreas de contenção da violência”, diz o texto, que cita grandes forças de segurança e encarceramento em massa como exemplos.

O custo total da violência na economia mundial chega a 14,3 trilhões de dólares e a América do Sul é o maior contribuinte desses custos – Brasil e Colômbia são os países sul-americanos onde mais se mata.

O custo total da violência na economia mundial chega a 14,3 trilhões de dólares, equivalente à economia do Brasil, Canadá, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido. “A América do Sul é o maior contribuinte com custos provocados por homicídios na região”, diz o estudo, que aponta Brasil e Colômbia como os países sul-americanos onde mais se mata. O relatório afirma que “mesmo tendo experimentado um desenvolvimento econômico em anos recentes”, os dois países não vivenciaram a “queda nos índices de crime esperada”. O carro chefe do custo mundial da violência são os gastos com Exércitos (43%), seguido por crimes e violência interpessoal (18%). Conflitos armados respondem por apenas 11% do valor total.

Além dos homicídios, “o Brasil tem sido afetado pela estagnação econômica e inflação em alta, o que dispara a insatisfação social”, diz Aubrey Fox, diretor-executivo do Institute for Economics & Peace. Ele aponta ainda que o país passa por um momento de descontentamento com escândalos de corrupção, que se traduzem em “protestos massivos”.

Fonte:  EL PAÍS, Institute of Economics & Peace , por Saga Policial.

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